terça-feira, 30 de abril de 2013

Os pontos coincidentes entre os rituais de iniciação na África e os praticados no Candomblé, aqui no Brasil.

 

Para alguns povos da África Bantu, a iniciação sacerdotal, era coletiva e dava-se em locais especiais para tal fim que, dentre outros, tinham o nome de “inzo ia Nzambi (casa do Deus).Uma das finalidades principais da vida reclusa, é mudar a personalidade do noviço. Durante o período de reclusão, não reconhece os seus parentes, fala uma outra língua e recebe um novo nome. Nunca mais poderá ser chamado pelo nome antigo. Reaprenderá todos os seus costumes quando sair da clausura. O tempo de reclusão pode variar de 3 a 9 meses.

 Foto: Um-Bararu tribe, South kurdufan,Sudan

A vida diária nas “casas de recolhimento” é muito pouco conhecida em razão do rigoroso segredo guardado. Sabe-se, entretanto, que só bebem em uma vasilha de barro, raspam-lhes o cabelo e, embora estejam convivendo jovens de ambos os sexos, os contatos sexuais são absolutamente proibidos, sob as mais severas penas que, antigamente, podiam variar da morte à escravidão.O motivo de receberem um novo nome, é porque ao recolherem-se “morreriam” para o mundo profano, para “nascerem” já iniciados.Todos os dias recebem lições sobre o comportamento que devem adotar daí por diante, a maneira de comer, beber, vestir, etc. Aprendem, também, cantos e danças em honra à divindade, bem assim as fórmulas mágicas de bênçãos. Fabricam, utilizando fibras vegetais, objetos religiosos, colares e pulseiras de contas, etc.Se prestarmos atenção ao texto acima, veremos que são muitos os pontos coincidentes entre os rituais de iniciação na África e os praticados no Candomblé, aqui no Brasil. São as heranças negro-africanas.

Fonte: Africanas Raízes

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