Para alguns povos da África Bantu, a iniciação
sacerdotal, era coletiva e dava-se em locais especiais para tal fim
que, dentre outros, tinham o nome de “inzo ia Nzambi (casa do Deus).Uma
das finalidades principais da vida reclusa, é mudar a
personalidade do noviço. Durante o período de reclusão, não reconhece
os seus parentes, fala uma outra língua e recebe um novo nome. Nunca
mais poderá ser chamado pelo nome antigo. Reaprenderá todos os seus
costumes quando sair da clausura. O tempo de reclusão pode variar de 3 a
9 meses.
A vida diária nas “casas de recolhimento” é muito pouco
conhecida em razão do rigoroso segredo guardado. Sabe-se, entretanto,
que só bebem em uma vasilha de barro, raspam-lhes o cabelo e, embora
estejam convivendo jovens de ambos os sexos, os contatos sexuais são
absolutamente proibidos, sob as mais severas penas que, antigamente,
podiam variar da morte à escravidão.O motivo de receberem um novo nome, é
porque ao recolherem-se “morreriam” para o mundo profano, para
“nascerem” já iniciados.Todos os dias recebem lições sobre o
comportamento que devem adotar daí por diante, a maneira de comer,
beber, vestir, etc. Aprendem, também, cantos e danças em honra à
divindade, bem assim as fórmulas mágicas de bênçãos. Fabricam,
utilizando fibras vegetais, objetos religiosos, colares e pulseiras de
contas, etc.Se prestarmos atenção ao texto acima, veremos que são muitos
os pontos coincidentes entre os rituais de iniciação na África e os
praticados no Candomblé, aqui no Brasil. São as heranças
negro-africanas.
Fonte: Africanas Raízes
Fonte: Africanas Raízes
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